quarta-feira, 23 de março de 2016

Igreja na China batizará mais de 3 mil pessoas neste Sábado Santo

O grupo também receberá os sacramentos da Crisma e da Eucaristia.

Mais de 3.200 catecúmenos receberão o batismo durante a Vigília Pascal no próximo Sábado Santo, 26, em Hong Kong (China). São famílias inteiras e jovens casais que se converteram ao catolicismo e receberão o sacramento.
Segundo informações da agência vaticana Fides, este grupo também receberá os sacramentos da Crisma e da Eucaristia.
A Fides cita o semanário diocesano ‘Kung Kao Po’, o qual informa que os escrutínios (etapas para exame e apresentação dos candidatos) dos catecúmenos começaram em Hong Kong no terceiro domingo da Quaresma, 28 de fevereiro.
No dia 6 de março, o Cardeal John Tong Hon, Bispo de Hong Kong, presidiu dois escrutínios na paróquia de São Francisco, nos quais participaram 1.600 pessoas entre catecúmenos, padrinhos e catequistas.
“Graças ao intenso curso de catecismo, às reuniões de oração, à meditação da Sagrada Escritura, estão se aproximando cada vez mais da fé e da Igreja”, indicou o Cardeal.
“Depois do batismo, terão que dar testemunho da fé através do serviço à Igreja, do cuidado dos mais necessitados e frágeis. Porque não só encontraram a luz, mas também devem transformar-se em luz que ilumina o mundo”, afirmou.

Fonte: http://noticias.cancaonova.com/igreja-na-china-batizara-mais-de-3-mil-pessoas-neste-sabado-santo/

quarta-feira, 2 de março de 2016

‘Acolher o ser humano é sempre um gesto de misericórdia’

Desde agosto de 2015, o Ministério da Saúde vem observando um aumento de casos de microcefalia no Brasil. O último registro, de novembro de 2015, consta de 739 casos em que há suspeitas da presença da doença em recém-nascidos. No entanto, ao contrário do que vem sendo divulgado, os casos não podem ainda ser atribuídos ao zika vírus pela ausência de comprovação científica da relação de causa e efeito, segundo consta no próprio site do Ministério da Saúde. Em consequência disso, um debate antigo foi desencadeado e gera preocupação entre os membros da Igreja Católica, que defende veementemente a vida: há, no Supremo Tribunal Federal (STF), um projeto com pedido para descriminalizar o aborto em casos de microcefalia na Constituição Federal.
De acordo com a lei, o ato é considerado crime contra a vida, e a culpabilidade é extinta apenas em três casos: quando há risco de vida para a mãe, quando a criança deriva de um estupro e quando o feto é diagnosticado com anencefalia – ausência parcial ou total do cérebro. No caso de microcefalia, o debate toma outros rumos e pode-se levantar até mesmo a questão da eugenia, que consiste em uma seleção para melhorar características genéticas de gerações futuras.
Para o jurista Paulo Leão, presidente da União de Juristas Católicos do Rio de Janeiro, o aborto nesse caso seria o caminho para uma sociedade cada vez mais violenta e desrespeitadora dos Direitos Humanos.
“Esse pedido está na contramão de princípios e objetivos fundamentais da República, sem contar que é um ato bárbaro e contrário à índole do povo brasileiro, que é acolhedor do pequeno, do que necessita de cuidados”, ponderou.

A questão por trás da microcefalia
O advogado apontou que a falta de comprovação da relação da doença com o zika vírus deve ser levada em consideração antes de tornar esse um problema de responsabilidade do Estado. Também defendeu que antes de um debate sobre permitir-se ou não o aborto, é necessário que haja um estudo mais cuidadoso e minucioso para descobrir a causalidade por trás da doença.
“A anencefalia, por exemplo, cresceu muito em Cubatão décadas atrás devido às toxinas e produtos tóxicos que existiam no ar. Feito o controle do meio ambiente, esse número diminuiu bastante. Deveríamos buscar outras possíveis causas da microcefalia antes de atribuir ao zika vírus, e isso deve ser feito com mais responsabilidade”, insistiu ele.
Registros que sustentam o argumento do legista referem-se à existência do vírus em praticamente toda a América Latina – mais de 20 países – e de não terem casos de microcefalia confirmados em gestantes portadoras do vírus.
Na Colômbia, mais de 30 mil casos de zika foram registrados até a primeira semana de fevereiro, segundo o boletim epidemiológico do Instituto Nacional de Saúde. Dentre eles, 5.013 são em mulheres grávidas, sem existência de nenhuma confirmação de microcefalia. “Ou seja, existe aqui no Brasil uma mera suposição que está pendente de evidências científicas sólidas e consistentes”, disse.